sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
terça-feira, 26 de dezembro de 2017
o tiro
poema sem sentido
amor demais amigo
reforma trabalhista
cigarro platônico
senador reempossado
texto sem coesão
prefeito eleito
frase mal dita
ódio espalhado
golpe na presidenta
personagem clichê
amante sem graça
praga de inimigo
jurar nunca mais
previsão da cartomante
economia em declínio
romance encomendado
amor demais amigo
reforma trabalhista
cigarro platônico
senador reempossado
texto sem coesão
prefeito eleito
frase mal dita
ódio espalhado
golpe na presidenta
personagem clichê
amante sem graça
praga de inimigo
jurar nunca mais
previsão da cartomante
economia em declínio
romance encomendado
testemunha que não morreu
foi o tiro que saiu pela culatra
foi o tiro que saiu pela culatra
Rio Doce
o rio era doce,
veia grossa irrigando
esse corpo, Minas
gentes ribeirinhas
e o caudaloso rio
eram uma coisa só
peixes e meninos
águas sagradas
mergulho tácito
desastre, acidente
isso vale?
e agora vale?
infinito de águas barrentas;
peixes, peixinhos,
peixosos onde estarão?
mar de lamas, gentes tristes,
cidades observativas da morte de um rio,
que era doce.
Flor de Castela
Ó Língua Portuguesa Brasileira,
a mais bela flor do Lácio,
em teu materno ventre geraste
a palavra nossa de cada dia.
Perdoe-me tão grave ofensa,
não por ser-te menos forte,
ou em ti encontrar menor abrigo
e nem por julgar-te dificultosa.
Pero, el castellano es una lengua
de tan pura poesía
que mis oídos tienden a oírla
con tanta renuncia y devoción.
Me gusta mucho el sonido
armonioso de las palabras
como si yo escuchara
la más bella música;
la noche, la pasión, el cielo
la luna, el viento, la lluvia
las árboles, el cuerpo, los sueños
la muerte, los besos, la vida.
Revisado por Rubem Leite
poema embriagado
quase morre se tem desafetos
pula de alegria com pão de queijo
às vezes tem medo de lugar fechado
claustrofobia de bronquite infantil
nunca mata uma barata
vai que seja sua bisavó
escreve um poema
depois de dois copos de vinho
enquanto ouve Beethoven
ou é frio ou é quente
Pour Elise é uma música
da caixinha de bailarina
que ganhou quando adolescente
naquela época em que tomou um porre
de refrigerante com cachaça
e beijou o beijo do rapaz
que cantou e tocou o violão
com os dedos longos
da música do Fagner
esse poema está embriagado
e perdeu a linha do raciocínio
ela já nasceu atriz
pula de alegria com pão de queijo
às vezes tem medo de lugar fechado
claustrofobia de bronquite infantil
nunca mata uma barata
vai que seja sua bisavó
escreve um poema
depois de dois copos de vinho
enquanto ouve Beethoven
ou é frio ou é quente
Pour Elise é uma música
da caixinha de bailarina
que ganhou quando adolescente
naquela época em que tomou um porre
de refrigerante com cachaça
e beijou o beijo do rapaz
que cantou e tocou o violão
com os dedos longos
da música do Fagner
esse poema está embriagado
e perdeu a linha do raciocínio
ela já nasceu atriz
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Liberdade
Livro Liberdade - Flávia Frazão
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