Compre já:
https://clubedeautores.com.br/book/217768--Poesia_em_Movimento#.V9dvEZgrLIU
terça-feira, 13 de setembro de 2016
quarta-feira, 13 de abril de 2016
sábado, 26 de março de 2016
Não se nasce mulher: torna-se
Torna-se mulher aos poucos, trilhando os caminhos que a vida traz.
Torna-se mulher através do exemplo de grandes mulheres.
Torna-se mulher ao descobrir o amor próprio.
Torna-se mulher vencendo preconceitos e barreiras impostas.
Torna-se mulher enfrentando o medo.
Torna-se mulher ao amar e respeitar o próprio corpo, seja ele como for.
Torna-se mulher acolhendo outra vida no ventre, ou não.
Torna-se mulher, devagar, explorando a maneira de amar, ter prazer e sentir-se plena.
Torna-se mulher ao descobrir o respeito por todas as mulheres, ao saber que temos a mesma natureza, especial, ligada ao sagrado, possuímos beleza, graça e encantamento.
Torna-se mulher ao compreender a condição feminina.
Torna-se mulher ao lutar sempre por direitos e espaços no mundo.
Torna-se mulher ao construir a própria história.
Torna-se mulher ao arregaçar as mangas para que a vida seja plena, cheia de significados e realizações.
* "Não se nasce mulher: torna-se" é uma frase da autora Simone de Beauvoir no livro O Segundo Sexo.
Torna-se mulher através do exemplo de grandes mulheres.
Torna-se mulher ao descobrir o amor próprio.
Torna-se mulher vencendo preconceitos e barreiras impostas.
Torna-se mulher enfrentando o medo.
Torna-se mulher ao amar e respeitar o próprio corpo, seja ele como for.
Torna-se mulher acolhendo outra vida no ventre, ou não.
Torna-se mulher, devagar, explorando a maneira de amar, ter prazer e sentir-se plena.
Torna-se mulher ao descobrir o respeito por todas as mulheres, ao saber que temos a mesma natureza, especial, ligada ao sagrado, possuímos beleza, graça e encantamento.
Torna-se mulher ao compreender a condição feminina.
Torna-se mulher ao lutar sempre por direitos e espaços no mundo.
Torna-se mulher ao construir a própria história.
Torna-se mulher ao arregaçar as mangas para que a vida seja plena, cheia de significados e realizações.
* "Não se nasce mulher: torna-se" é uma frase da autora Simone de Beauvoir no livro O Segundo Sexo.
Janela
E os homens ainda dormem
na cidade empoeirada.
Ipatinga embala sonhos,
camufla desejos.
Alimenta corpos
pra romper o invólucro
da desesperança.
Da janela a vida passa
numa fresca manhã de outono.
Era março de 2016.
Flávia Frazão
na cidade empoeirada.
Ipatinga embala sonhos,
camufla desejos.
Alimenta corpos
pra romper o invólucro
da desesperança.
Da janela a vida passa
numa fresca manhã de outono.
Era março de 2016.
Flávia Frazão
Horizonte Belo
Debaixo do arranha céu
a cidade corre apressada.
Indiferente, gigante e bela.
Amontoados de luxo, lixo
e histórias de um tempo
além das montanhas
de Minas Gerais...
a cidade corre apressada.
Indiferente, gigante e bela.
Amontoados de luxo, lixo
e histórias de um tempo
além das montanhas
de Minas Gerais...
Horizonte Belo!
Diferente, mutante e feia.
Ainda vai adiar para outro século
a felicidade coletiva?
Aceita a injusta distribuição e o caos
porque não pode, sozinha,
dinamitar a ilha de Brasília.
Diferente, mutante e feia.
Ainda vai adiar para outro século
a felicidade coletiva?
Aceita a injusta distribuição e o caos
porque não pode, sozinha,
dinamitar a ilha de Brasília.
Diferente, mutante e fria.
Indiferente, gigante e bela.
Tão Belo Horizonte
não cabe no poema.
Indiferente, gigante e bela.
Tão Belo Horizonte
não cabe no poema.
Flávia Frazão
Imagem: Arquivo Pessoal
sábado, 27 de fevereiro de 2016
Faces da vida
Antônimo nasceu cego, filho de lavadeira e agricultor, sua cegueira não tinha reversão. Vivia em um lugarejo, Rancho do Paraíso, rodeado por irmãos e vizinhos, que embora não soubessem muito bem como agir, buscavam caminhos.
Naquela época não existia escola especializada pelas redondezas. Há alguns quilômetros dali tinha uma escolinha, apenas uma professora para a turma mista. Mas Antônimo ficava em casa.
O menino decifrava o mundo pelo tato, sons, cheiro e sentimentos que o rodeavam. Ouvir o canto dos pássaros, a água da bica, os animais pela casa, e a voz macia da mãe o deixavam tranquilo. Às vezes o estranhamento acometia as pessoas ao redor, no entanto ele não percebia.
Embora tivesse muito pouco estudo, a mãe se preocupava com o futuro do filho. Reuniu a família e os convenceu a mudar para Santa Fé. Família pobre também almejava melhores condições de vida.
Antônimo já tinha 17 anos quando se mudaram. Em Santa Fé entrou pra escola especializada em Braille, descobriu um novo mundo. Apaixonou-se pelas palavras, aqueles pontinhos delicados nas pontas dos dedos, e pelos encantos que aprendia quando juntava muitas delas. Tocava violão e cantava músicas do Chico Buarque, cozinhava como ninguém e aprendeu a trabalhar com couro, fabricava chinelos, bolsas, enfeites. Abriu uma pequena oficina, em casa mesmo, e vendia bem seus produtos. Aos 34 anos conheceu Suave, uma moça que também era cega. Ele amava seu cheiro e pele macia. Namoraram muito, casaram-se e tiveram três filhos que enxergavam.
A vida seguia seu curso, anos se passaram, Antônimo ganhou uma netinha. E numa manhã fresca de março ele viu a luz. Viu o quarto, os móveis, do seu lado viu Suave, dormia. Levantou-se da cama e viu a casa, viu a rua, viu a televisão, viu as pessoas, o gato, as árvores, a água, os livros, as cores, os carros, o celular, as faces, as faces, as faces...
-Antônimo agora enxerga! Antônimo agora vê! É um milagre! Vocês viram? Ele era cego de nascença. Vamos ver o homem que não via. Que esplêndido!
Ele observa o mundo, suas cores, suas faces, suas faces. Agora ele via Suave, via os filhos, a neta. Suave ficou triste.
A vida é bonita né Antônimo? A vida é bonita?
-É... a vida é bonita, a vida é bonita... tem muitas cores, tem muitas faces, tem muitas faces... Me desculpe. Eu preferia ser cego.
Flávia Frazão
Antônimo nasceu cego, filho de lavadeira e agricultor, sua cegueira não tinha reversão. Vivia em um lugarejo, Rancho do Paraíso, rodeado por irmãos e vizinhos, que embora não soubessem muito bem como agir, buscavam caminhos.
Naquela época não existia escola especializada pelas redondezas. Há alguns quilômetros dali tinha uma escolinha, apenas uma professora para a turma mista. Mas Antônimo ficava em casa.
O menino decifrava o mundo pelo tato, sons, cheiro e sentimentos que o rodeavam. Ouvir o canto dos pássaros, a água da bica, os animais pela casa, e a voz macia da mãe o deixavam tranquilo. Às vezes o estranhamento acometia as pessoas ao redor, no entanto ele não percebia.
Embora tivesse muito pouco estudo, a mãe se preocupava com o futuro do filho. Reuniu a família e os convenceu a mudar para Santa Fé. Família pobre também almejava melhores condições de vida.
Antônimo já tinha 17 anos quando se mudaram. Em Santa Fé entrou pra escola especializada em Braille, descobriu um novo mundo. Apaixonou-se pelas palavras, aqueles pontinhos delicados nas pontas dos dedos, e pelos encantos que aprendia quando juntava muitas delas. Tocava violão e cantava músicas do Chico Buarque, cozinhava como ninguém e aprendeu a trabalhar com couro, fabricava chinelos, bolsas, enfeites. Abriu uma pequena oficina, em casa mesmo, e vendia bem seus produtos. Aos 34 anos conheceu Suave, uma moça que também era cega. Ele amava seu cheiro e pele macia. Namoraram muito, casaram-se e tiveram três filhos que enxergavam.
A vida seguia seu curso, anos se passaram, Antônimo ganhou uma netinha. E numa manhã fresca de março ele viu a luz. Viu o quarto, os móveis, do seu lado viu Suave, dormia. Levantou-se da cama e viu a casa, viu a rua, viu a televisão, viu as pessoas, o gato, as árvores, a água, os livros, as cores, os carros, o celular, as faces, as faces, as faces...
-Antônimo agora enxerga! Antônimo agora vê! É um milagre! Vocês viram? Ele era cego de nascença. Vamos ver o homem que não via. Que esplêndido!
Ele observa o mundo, suas cores, suas faces, suas faces. Agora ele via Suave, via os filhos, a neta. Suave ficou triste.
A vida é bonita né Antônimo? A vida é bonita?
-É... a vida é bonita, a vida é bonita... tem muitas cores, tem muitas faces, tem muitas faces... Me desculpe. Eu preferia ser cego.
Flávia Frazão
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
sábado, 6 de fevereiro de 2016
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Verbo Intransitivo
Quem fala muito
dá bom dia a cavalo!
Assim dizia minha vó.
Falar, postar, dizer.
Você pode me ouvir?
Não. Tenho pressa.
Enquanto estou no barulho
não ouço minha voz...
Eu posso refletir, ruminar?
Preciso andar, sair, viajar
percorrer o mundo.
Meu silêncio me atordoa.
Não converso comigo
pra enfrento minha solidão.
Prefiro a loucura social.
Fazer as pazes comigo
no meio da densa floresta urbana?
Mostremos a vida!
Então?! Falemos, falemos
para os cinco mil amigos
que só querem dizer suas sentenças.
Muita vida, fotos, viagens, movimento,
para provar que ela tem sentido. Sim a vida!
É que eu estou imensamente feliz.
Flávia Frazão
Imagem disponível em:http://mensagens.culturamix.com/frases/frases-sobre-saber-ouvir
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Assinar:
Postagens (Atom)
Liberdade
Livro Liberdade - Flávia Frazão
-
o tiro poema sem sentido amor demais amigo reforma trabalhista cigarro platônico senador reempossado texto sem coesão prefeito eleito...